Uma professora cria a "caixa das necessidades": quando lê os pedidos das crianças fica muito surpresa

por Roberta Freitas

13 Outubro 2018

Uma professora cria a "caixa das necessidades": quando lê os pedidos das crianças fica muito surpresa
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O professor não é a único a ensinar diversas coisas para as crianças: quando se trata de educação, ele é uma figura quase tão importante quanto os próprios pais e, em alguns casos, ainda mais decisivo. O professor também supervisiona que não hajam situações de bullying, pois, infelizmente, é possível que isso aconteça em uma escola. Muitas vezes, as crianças se sentam mais à vontade de dizer as coisas aos professores do que aos pais.

Julia Brown é uma professora americana que encontrou um sistema simples e eficaz para estabelecer uma relação de confiança com seus alunos: é assim que funciona a "caixa de necessidades".

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JuliaBrownFitness/Facebook

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Na classe em que ensino, coloco uma "caixa de necessidades" na qual as crianças podem colocar notas com o que precisam. Eu disse a eles que resolveria o problema deles dentro de uma semana. Eu queria que meus alunos soubessem que estou ali para ajudá-los com tudo o que precisem.

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JuliaBrownFitness/Facebook

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Na primeira semana, apenas dois alunos escreveram uma nota informando-me de uma situação de intimidação. Eu imediatamente me coloquei em movimento para resolver o problema. Mas dentro de mim, tive a sensação de que algo estava impedindo as crianças de realmente me dizerem o que precisavam.

Então, decidi mudar as regras: todas as crianças, todos os dias, teriam que inserir um bilhete na caixa que eu havia preparado. Não importava que algo estivesse escrito, também poderia estar em branco. Desta forma, quem colocou um bilhete com uma necessidade não foi visto pelos outros companheiros.

JuliaBrownFitness/Facebook

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O resultado? A partir desse dia comecei a receber uma enorme quantidade de bilhetes de necessidades. As mensagens continham as mais diversas necessidades: havia pessoas que precisavam trocar de lugar porque não podiam conseguiam ver a lousa, quem me dizia ter sido vítima de bullying e quem só precisava de um abraço.

Em todos os casos, fiz tudo para resolver e satisfazer suas necessidades.

O que mais me surpreendeu é que logo as crianças começaram a não precisar mais da caixa para externar suas necessidades: elas vinham diretamente até mim, sem medo e vergonha.

Eu ensino nas escolas há 15 anos e posso dizer honestamente que a caixa é a melhor coisa que fiz para os meus alunos.

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