De acordo com um estudo japonês, não há nada de errado em tratar um cão como um membro da família

por Roberta Freitas

27 Novembro 2018

De acordo com um estudo japonês, não há nada de errado em tratar um cão como um membro da família
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Os cães têm um forte poder de atração para os seres humanos, um poder que quase ninguém consegue resistir. Se encontrarmos um filhote na rua, dificilmente resistiremos à tentação de acariciá-lo e mima-lo, como se fôssemos forçados por alguma força interior.

Para aqueles que vivem com um cachorro em casa, esse vínculo muitas vezes se torna tão forte a ponto de ser insubstituível e comparável ao vínculo que se tem com as crianças. Bem, se tudo isso parece um exagero, a ciência explica que não é tanto assim. E a razão está na química do nosso cérebro.

via telegraph.co.uk

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U.S. Air Force photo by Airman 1st Class Isaiah J. Soliz/Released

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Uma pesquisa conduzida pelo Departamento de Ciências Animais da Universidade de Azabu, no Japão, analisou os efeitos no cérebro que derivam da relação entre homem e cão. Em particular, analisaram a produção de ocitocina, um hormônio em particular que desempenha um papel fundamental na definição das relações sociais entre os seres humanos.

Este hormônio é responsável, em particular, por criar o sentimento de proteção e amor incondicional que um pai sente por um filho, e é estimulado quando os dois olham nos olhos um do outro.

Os pesquisadores descobriram que a produção do mesmo hormônio também aumenta quando um homem olha nos olhos de um cachorro. Entre outras coisas, isso também acontece no cérebro do próprio cachorro.

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parkvanness.com

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A nível químico, portanto, esse sentimento de amor e proteção em relação ao nosso amigo de quatro patas parece ser inteiramente justificável. Segundo os pesquisadores, nos séculos que se seguiram à domesticação, os cães parecem ter "aprendido" a desviar para si mesmos parte da atenção que reservamos aos filhos. Podemos ver isso a partir de algumas atitudes que eles têm: se dermos a um cão, uma tarefa impossível, ele instintivamente se voltará para seu humano com um ar interrogativo, exatamente como uma criança faria com um pai.

Na próxima vez que você estiver conversando com seu cão e alguém disser que você está exagerando, você terá uma explicação plausível para dar!

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