Este homem deixou o trabalho como segurança para virar manicure, combatendo assim, a sua depressão

por Roberta Freitas

20 Dezembro 2019

Este homem deixou o trabalho como segurança para virar manicure, combatendo assim, a sua depressão
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Enquanto vivemos em uma era tecnologicamente avançada, na qual o homo sapiens sapiens até agora deu a máxima expressão de sua inteligência, entramos em contato com preconceitos antigos sem fundamento, como a divisão dos trabalhos em masculinos e femininos.

Há histórias como a de Robson Aparecido Barbosa que tornam a fronteira entre os empregos para mulheres e homens mais sutis e que revelam como uma mente aberta pode melhorar claramente a qualidade de vida. Na verdade, esse homem conseguiu sair do túnel da depressão deixando seu trabalho viril como segurança e dedicando-se a fazer as unhas das clientes do salão de sua esposa.

via gazetadopovo.com.br

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manicuro_robson /Instagram

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Robson Aparecido Barbosa trabalhava como segurança, mas algo em sua vida estava errado: com o tempo, ele desenvolveu uma forma real de depressão, até tentando fazer gestos extremos.

Após uma longa terapia, o psicólogo o aconselhou a se dedicar a uma atividade manual, algo que mantivesse sua mente ocupada no momento presente. Então, para não ficar sozinho em casa, Robson começou a ajudar no salão de beleza de sua esposa. "Comecei a remover o esmalte, lixar uma unha e aprendi lentamente a fazer as unhas", disse o homem.

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Robson admite que, a princípio, sentiu vergonha de desempenhar um papel convencionalmente desempenhado pelas mulheres, mas, como o trabalho que fazia na loja de sua esposa o fazia se sentir bem, decidiu continuar não se importando com os preconceitos das pessoas.

Hoje, Robson é um verdadeiro estilista de unhas com grande demanda no salão de beleza: há clientes que atravessam a cidade inteira para fazer as unhas com ele. Por outro lado, Robson parece ser realmente bom, escrupuloso e hábil com os instrumentos.

Qualquer pessoa que tenha visitado um salão de beleza sabe que, nesses lugares, você não vai apenas para fazer sua maquiagem, deixar o cabelo mais bonito ou fazer as unhas. Nesses lugares conversamos, discutimos e nos confessamos. A conversa de Robson com as clientes foi uma terapia real: "Quando eu era segurança, não falava muito, no máximo trocava duas palavras com o supervisor. O serviço era sempre à noite e eu sempre estava cercado de silêncio". Hoje, no entanto, mesmo quando Robson está triste, os clientes do salão pensam em fazê-lo sorrir novamente com uma piada.

Este homem conseguiu escapar das garras da depressão questionando seu trabalho e se jogando em uma estrada raramente percorrida por homens: ainda assim, é aqui que ele encontra a tranquilidade, livre de preconceitos.

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