Agricultor não encontra trabalhadores dispostos a colherem frutas cítricas e perde safra de US$ 50 milhões

por Roberta Freitas

29 Julho 2021

Agricultor não encontra trabalhadores dispostos a colherem frutas cítricas e perde safra de US$ 50 milhões
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Nunca foi fácil ou imediato para um jovem entrar no mundo do trabalho, por um motivo ou outro, e hoje em dia a situação parece ter piorado consideravelmente. Em muitos países, a pandemia causada pelo Covid-19 reduziu ainda mais a escolha de futuros funcionários, que aceitam até mesmo condições desfavoráveis ​​para ganhar alguma coisa. O que surpreende, porém, é quando um empresário procura pessoal e não encontra uma alma viva para trabalhar com ele. Por que há tanta "fome" de trabalho e, ao mesmo tempo, essas discrepâncias são criadas? Os motivos podem ser diversos, é claro, a começar pelo salário proposto pela empresa. Um fazendeiro chamado Ricardo Range, no entanto, acusa os subsídios do Estado de serem muito competitivos com os salários de mercado: ele próprio perdeu uma safra de US$ 50 milhões porque não encontrou mão de obra.

via La Nacion

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Twitter / Lucho Bugallo

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Um fazendeiro de Eldorado, na província argentina de Misiones, pôs as mãos nos cabelos ao descobrir que perdeu uma safra inteira de 1,5 milhão de quilos de limões e 200.000 quilos de laranjas porque não conseguiu encontrar alguém que gostaria de trabalhar e se engajar na colheita das frutas cítricas. Para ele, o prejuízo econômico foi considerável: US$ 50 milhões jogados ao vento!

Segundo Ricardo e outros colegas, trabalhos sazonais como a colheita de frutas cítricas agora são desprezados por causa dos incentivos estaduais que muitos desempregados recebem. Em outras palavras, os desempregados ganhariam mais com esses subsídios do que com o trabalho manual.

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Pexels / Not the actual photo

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Quando uma pessoa é contratada, explicou Ricardo, ela perde totalmente o dinheiro do estado e, para se candidatar novamente ao mesmo incentivo, uma vez encerrado o trabalho sazonal, é preciso esperar muito tempo. Em suma, Ricardo, e aqueles que também dependem fortemente do trabalho sazonal, acusam, e não muito sutilmente, o estado de colocar possíveis candidatos contra eles. Certamente há pessoas no mundo que são preguiçosas e pouco dedicadas ao trabalho, que acreditam poder se safar com sua astúcia, mas também há muitos casos de exploração, em que a responsabilidade deve ser buscada também e sobretudo nos empregadores. No caso de Ricardo Range sabemos apenas que, neste ano, o homem deixou de colher os frutos do seu trabalho. Qual a sua opinião sobre o assunto? Escreva para nós nos comentários!

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