6 hábitos dos pais tóxicos que acabam com as crianças sem que se deem por conta

por Roberta Freitas

18 Novembro 2018

6 hábitos dos pais tóxicos que acabam com as crianças sem que se deem por conta
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Sabemos muito bem que falar é fácil, mas fazer é outra coisa, e então pode acontecer que você perceba que não é o pai que você sonhou para o seu filho: o estresse e a pressão psicológica aos quais os pais são submetidos podem pesar muito. Um comportamento errado, no entanto, para uma criança pode se tornar tóxico e deixar uma marca indelével em seu desenvolvimento.

São 6 comportamentos que devem ser absolutamente evitados; é fácil ser vítima de maus hábitos, mas reconhecê-los é o primeiro passo para voltar a dar a seus filhos o que eles realmente merecem.

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Ben Francis/Flickr

Ben Francis/Flickr

1. Ser hipercrítico: críticas assíduas são, muitas vezes, a projeção dos fracassos dos pais em seus filhos. Quando um pai critica seu filho de uma maneira violenta, ele faz isso por um discurso retórico, para se livrar de uma frustração. Pai e filho são ambos vítimas: os primeiros porque não se livram definitivamente do mal-estar, os últimos porque sofrem uma destruição real da auto-estima.

2. Não respeitar os seus limites: as crianças são seres humanos e, como tais, têm o direito de ter o seu próprio espaço. No entanto, alguns pais estão convencidos que sabem tudo e que precisam estar sempre presentes na vida de seus filhos. Como os adultos não querem que as crianças se metam nas questões de adultos e que durmam nos seus quartinhos, as crianças também impõem limites que devem ser respeitados com a mesma seriedade.

3. Ser seu servo: as crianças não devem ser tratadas como se estivessem usando fraldas a vida toda. Eles não precisam ser alimentados, mudados, lavados e acordados depois de uma certa idade. Quando um pai se transforma em servo, não traz nenhum bem para a criança; é apenas algo que o adulto quer fazer e que causará grandes impedimentos à criança no futuro.

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Crimfants/Wikimedia

Crimfants/Wikimedia

4. Ameaçar e intimidar as crianças: o erro de muitos pais é que eles discutem com seus filhos como eles fariam com um adulto, sem levar em conta a grande diferença entre os dois. Se você usar ameaças com adultos, é inofensivo, com crianças é prejudicial. "Se você não fizer isso, então farei isso": é apenas uma das fórmulas com as quais você pode destruir a confiança da criança.

5. Não ouví-las: as crianças não são idiotas. Mentiras, inconsistências, comportamentos hipócritas são sempre percebidos. A criança - como de fato o ser humano - tem como único instrumento a voz a ser ouvida: não ouví-la significa transformá-la em uma criatura pequena, indefesa e frustrada. Apenas tente escutar seus filhos uma vez e você perceberá a inteligência deles e como eles não são tão "pequenos" quanto você pensa.

6. Privá-los da segurança: muitos pais usam punição corporal - mesmo que seja apenas um tapa - como uma estratégia de educação. Esse é exatamente o caminho para desenvolver neles uma certa insegurança, proporcional à extensão da punição. Se um erro sempre é seguido por um gesto mais ou menos violento - que em qualquer caso causa certa dor, mesmo que leve, temporária ou apenas psicológica - com que coragem a criança dará os primeiros passos na vida? O erro é uma consequência natural das ações e associá-lo a algo negativo as torna "paralisadas" diante das escolhas.

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