A mãe não precisa ser perfeita a todo custo aos olhos dos filhos: a palavra do pediatra

por Roberta Freitas

07 Dezembro 2018

A mãe não precisa ser perfeita a todo custo aos olhos dos filhos: a palavra do pediatra
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É normal; quando nos tornamos mães, queremos ser perfeitas, com a intenção de nunca deixar faltar nada para os nossos filhos. Mas logo acontece algo que nos faz lembrar que, apesar da maternidade, continuamos a ser aquelas mulheres imperfeitas de antes. Tudo isso não deve ser condenado. Quem diz isso, é o pediatra britânico Donald Winnicott, que tem o mérito de ter libertado as mães do pesado fardo da perfeição.

Segundo ele, a criança não precisa de uma mãe perfeita, mas de uma mãe suficientemente boa. Aqui está o que isso significa. 

via psychologytoday.com

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pixabay.com

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O objetivo de ser perfeito é uma satisfação para a mulher, não para a mãe nem para o filho. As crianças não precisam de pais perfeitos ou de educação perfeita: somos os primeiros a ensinar a eles o quanto os erros são necessários para crescer, melhorar. É por isso que a busca pela perfeição, além de ser impossível, também acaba limitando a criança: não permitir que a criança supere os erros da mãe e do pai, não permite também que elas sejam melhores do que eles - que é o que todos os pais querem. 

Mas quem é uma mãe suficientemente boa? Para Winnicott, ela é uma mulher autêntica e verdadeira que se adapta à criança - e não vice-versa. Para usar as palavras dele é

"Aquela mãe que pode se permitir 'regredir' e se tornar pequenininha, como seu bebê, para melhor se sintonizar com ele, em seu mundo interior e em suas necessidades. [...] é a mãe que brinca e aproveita da brincadeira com seu filho, e quanto mais essa atitude está presente, mais ela é empática com seu filho e mais está em sintonia com ele".

Toda mãe suficientemente boa tem um instinto que lhe permite fazer a coisa certa no momento certo para o bebê. Ela é uma mãe presente e afetuosa, que sabe fundir-se com a alma da criança, mas ao mesmo tempo acompanhá-lo em direção à independência. Isso é suficiente para criar filhos saudáveis, com suas imperfeições que serão superadas no devido tempo.

A perfeição leva a mãe para longe de seu filho, que também é um serzinho imperfeito que ainda tem muito para aprender.

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