Ser empático é um dom maravilhoso, mas tem um custo enorme a nível emotivo

por Roberta Freitas

20 Janeiro 2019

Ser empático é um dom maravilhoso, mas tem um custo enorme a nível emotivo
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A empatia é um dom importantíssimo, que faz da pessoa que a possui naturalmente muito especial. Obviamente podemos desenvolvê-la: ela permite que a gente entre em uma relação mais íntima com o mundo ao nosso redor, de intuir realidades e situações e de construir relações autênticas com o próximo.

Mesmo sendo um dom precioso, que nos deixa muito mais generosos, atentos e altruístas, pode não nos deixar mais felizes; muitas vezes, sentir as emoções dos outros pode ser um peso insuportável.

via science-ofthe-soul.com

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pixabay

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As pessoas empáticas geralmente são muito apreciadas, pois representam um porto seguro de compreensão: portanto as pessoas se sentem naturalmente tranquilas em se abrir com um empático. Assim, um mar de emoções intensas, negativas e positivas, cai em cima da pessoa empática, que deve ser forte e equilibrado para não ter uma exaustão emocional.

Sentir as emoções dos outros significa sentí-las como se fosse em primeira pessoa; a isso devemos adicionar ainda a profunda compreensão que essa capacidade porta consigo: o resultado é que muitas vezes as pessoas empáticas tendem a ser melancólicas e tristes. Por quanto ela possa ser otimista e que encontre forças para ser generosa e altruísta, o mal e o sofrimento que estão a sua volta absorvem as suas energias.

Além disso, a sua personalidade aberta e magnética faz com que encontrem pessoas que gostam de se aproveitar disso.

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 Mark Alexandrovich/unsplash

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Outra consequência da sua generosidade é o fato de se dedicar aos outros, colocando a si mesmo em segundo plano, a ponto de se sentir perdido algumas vezes.

Este martelar constante do mundo externo em cima da pessoa empática a leva a construir uma barreira defensiva: isso acontece para proteger uma pequena parte de si dos problemas dos outros e da sua própria tendência a se doar.

Para continuar em equilíbrio e não ceder ao lado negro, o empático deve tentar distinguir as pessoas que querem só se aproveitar dele e aprender a abaixar o muro de defesa, aprendendo a exprimir os próprios sentimentos e a pedir ajuda quando necessário.

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