Os filhos das mães que trabalham têm mais possibilidades de terem sucesso na vida, é o que diz a ciência

por Roberta Freitas

29 Março 2019

Os filhos das mães que trabalham têm mais possibilidades de terem sucesso na vida, é o que diz a ciência
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Muitas mulheres tiveram que decidir entre carreira e família, muitas vezes desistindo da primeira para cuidar da segunda. No entanto, há circunstâncias em que a escolha é obrigatória e a mulher não pode ficar sem trabalhar, quando, por exemplo, um salário não é suficiente ou o outro progenitor não existe. Com relutância, elas saem de casa todos os dias com a culpa de não serem boas mães, mas, de acordo com uma pesquisa, os efeitos sobre o crescimento das crianças não são nada negativos.

via Harvard University

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Paul Hakanoa/Unsplash

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A pesquisa realizada por acadêmicos americanos e ingleses pegou uma amostra de 100.000 homens e mulheres de 29 países diferentes. O objetivo era estabelecer as consequências no desenvolvimento das proles em que mãe e pai trabalhassem. Os resultados mostraram que os filhos de mulheres trabalhadoras possuíam melhores cargos profissionais, melhores condições salariais e maior percentual de funções de coordenação ou gestão.

No que diz respeito à incidência do trabalho masculino, os dados não revelaram quaisquer distinções particulares. Em essência, portanto, nas famílias com as mães no trabalho, as crianças foram criadas de forma mais autônoma e independente, adquirindo maior responsabilidade e envolvimento no gerenciamento das tarefas domésticas diárias. Esse "treinamento" permitiu que eles se tornassem mais maduros e tivessem idéias mais claras quando se tornaram adultos.

De acordo com a pesquisa, portanto, a frustração de muitas mães em não conseguir cuidar de seus filhos é injustificada, visto que os benefícios para suas vidas são certamente maiores que as possíveis deficiências. Isso não sugere que devemos sempre preferir uma carreira, mas que o ideal é um equilíbrio justo sem muitos sacrifícios.

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Michal Parzuchowski/Unsplash

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Além das medidas colocadas em campo pelas instituições e pelas empresas, a questão é individual.

A chave de tudo é a flexibilidade dos empregos, que permitem que a mãe esteja presente na vida das crianças, dando-lhes quantidade e qualidade de tempo. Em geral, o meio termo é a solução mais adequada, assegurando que as mulheres tenham incentivos, estruturas e recursos adequados para conseguir fazer tanto o papel de profissional como aquele de mãe.

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