Um casal muito pobre foi forçado a viver em um bueiro por mais de 22 anos: "Temos tudo o que precisamos"

por Roberta Freitas

27 Abril 2021

Um casal muito pobre foi forçado a viver em um bueiro por mais de 22 anos: "Temos tudo o que precisamos"
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Se a casa de um homem é o seu castelo e se nela reside o seu coração, então, podemos dizer que Miguel Restrepo e Maria Garcia encontraram uma, à sua maneira. O casal, ambos ex-viciados em drogas, se viram morando no subsolo, em um esgoto. Infelizmente, não são as únicas pessoas no mundo que encontraram refúgio em um lugar tão estreito, sujo e perigoso - absolutamente impróprio para uma vida digna e tranquila - mas, mesmo assim, o casal conseguiu sobreviver neste estado por mais de 22 anos. Como é possível morar em uma casa onde a porta de entrada é representada por um bueiro? Parece absolutamente impossível de imaginar, mas as fotos desse casal nos levam brutalmente de volta a uma triste realidade.

via Huffpost

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Youtube / Global Tv

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Para falar a verdade, Maria e Miguel não se sentem azarados, muito pelo contrário - nunca pensaram em sair da própria "casa", embora do lado de fora pareça quase impossível alguém sobreviver num bueiro. Os dois, que na época da foto da reportagem tinham cerca de 61 anos, moram juntos neste cubículo há mais de 22 anos e continuam morando ali como se fosse normal. O casal é muito conhecido na cidade de Medellín, na Colômbia; lá Miguel e Maria transformaram um espaço subterrâneo de 1,4 metros por 3 metros, e quase 2 metros de profundidade, na sua pequena casa. Lá dentro tem tudo o que precisam: uma TV, um fogão, um colchão onde podem se deitar...

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Os dois têm até um cachorrinho preto, chamado Blackie, que fica de guarda na "casa" e os anima com sua companhia. No entanto, a sua casa subterrânea fica longe da cidade: à sua volta, têm um espaço verde onde podem plantar legumes e até instalar uma árvore de natal durante as festas. Embora tenha sido oferecido ao casal um alojamento mais saudável e estável do que o esgoto, Miguel garantiu a todos que prefere viver assim. Do contrário, ele teria que se preocupar em pagar impostos e conseguir um emprego estável, o que é muito difícil em sua idade e com suas precárias condições de saúde. Ele e Maria dizem que ficam felizes por ter à sua volta o essencial de que precisam.

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Os seus “vizinhos” os apoiam de boa vontade, porque o Miguel e a Maria ajudam sempre quem quer que seja na sua comunidade e já são conhecidos pelos cidadãos da zona. Embora recusem ajudas mais concretas, não deixa de ser verdade que todo ser humano deve ter direito a uma casa e aquela em que vivem Maria e Miguel dificilmente pode ser considerada assim.

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