Estes 3 irmãos foram adotados por um pai solteiro depois de viver com 16 famílias diferentes

por Roberta Freitas

26 Julho 2021

Estes 3 irmãos foram adotados por um pai solteiro depois de viver com 16 famílias diferentes
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Ser criança esperando para ser adotado significa viver à mercê de uma infinidade de emoções e sentimentos. Ver outras crianças sendo adotadas e constantemente se perguntar quando sua hora chegará pode ser verdadeiramente comovente. As crianças são todas iguais. Isso deve ser entendido pelas famílias que desejam adotar um filho. Infelizmente, porém, existem algumas famílias que preferem filhos com certas características no momento da adoção, inevitavelmente condenando outros a passarem mais alguns anos esperando por uma família de verdade.

via Newsner

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Darryl Andersen/Facebook

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Um desses requisitos, por exemplo, é a idade. Geralmente, as crianças muito pequenas com pelo menos 3 anos de idade são preferidas. Consequentemente, crianças muito mais velhas, mesmo de 9 ou 10 anos, muitas vezes são evitadas, deixando-as à mercê da passagem do tempo que, à medida que avança, as torna maiores e mais distantes daquele momento mágico que elas também teriam o direito de viver. Existem algumas crianças que compartilham esse tipo de experiência com seus irmãos. Isso leva a uma mistura de emoções positivas e negativas: se por um lado esperamos com alegria o momento da adoção, por outro o medo de sermos separados toma conta.

Felizmente, nem todas as histórias terminam mal, algumas até têm um belo final feliz. Uma delas é a de Navaeh, Willis e Miquel, três irmãos de 9, 6 e 4 anos respectivamente, de Utah (Estados Unidos), adotados por Darryl Andersen, um homem solteiro que, profundamente impressionado com a história deles, decidiu levar todos os três para casa para não separá-los.

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Darryl Andersen/Facebook

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A história desses três irmãos é tão comovente quanto tortuosa. Antes deste momento de alegria, Navaeh, Willis e Miquel (a partir de 2016 e ao longo de cinco anos intermináveis), foram confiados a 16 famílias adotivas diferentes. Sabemos muito bem como pode ser difícil para as crianças se mudarem de uma casa para outra; e quando o número de vezes aumenta incessantemente, pode se tornar muito preocupante para sua saúde mental.

Emocionalmente, na verdade, os três irmãos estavam bastante inquietos. É muito difícil, quase impossível, se apegar a alguém quando não há estabilidade emocional. Sofrer uma mudança dezesseis vezes significa estar inevitavelmente pronto para se submeter a uma décima sétima, uma décima oitava e assim por diante.

Darryl Andersen/Facebook

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Essa dura experiência, no entanto, tornou seu vínculo mais forte e inviolável. Os três irmãos perceberam sua lealdade mútua e entenderam que nunca se abandonariam. Foi à luz desse vínculo que Darryl percebeu o quanto os três precisavam um do outro e o quanto uma separação poderia prejudicá-los emocionalmente.

Graças a Darryl, as três crianças tiveram uma confiança renovada no próximo. O homem, de fato, foi imediatamente aceito com amor e, até hoje, Navaeh, Willis e Miquel o enchem de amor e belas palavras. Um aspecto muito tocante dessa história é que Darryl já é pai de três filhos (que receberam bem os recém-chegados). Daqui podemos deduzir como o seu gesto nobre não visava preencher um vazio, mas simplesmente fazer o bem.

Darryl Andersen/Facebook

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Hoje, Navaeh, Willis e Miquel moram em um lugar que não é de passagem, mas que cheira a casa. Eles finalmente serão capazes de planejar suas vidas sem temer o que o futuro reserva. Poderão acordar de manhã sem pensar em qual será a próxima casa em que serão confiados. Eles poderão viver sem o medo de se separarem e poderão compartilhar momentos felizes, despedindo-se daqueles tristes para sempre. Mas, acima de tudo, esses três irmãos corajosos poderão viver com uma nova consciência, a mais preciosa de todas: agora eles têm uma família que nunca os abandonará.

Essa história nos ensina a não considerar nada como garantido e a expressar gratidão por nossa família diariamente. É uma história emocionante que nos faz perceber a sorte que temos por ter um lugar acolhedor onde podemos sempre nos refugiar e onde podemos criar novas memórias com as pessoas que mais amamos no mundo: nossa casa.

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