"Odeio o celular da minha mãe": a tarefa deste estudante nos faz refletir sobre a intrusão da tecnologia

por Roberta Freitas

12 Dezembro 2018

"Odeio o celular da minha mãe": a tarefa deste estudante nos faz refletir sobre a intrusão da tecnologia
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NOTA: Em uma versão anterior, tínhamos dito que era uma menina, mas a postagem do professor se refere a um aluno em geral.

Um dia, uma professora do ensino fundamental da Louisiana chamada Jen Adams Beason, deu uma tarefa muito simples aos alunos da segunda série. Tratava-se de criar um pequeno texto no qual eles deveriam ter indicado uma invenção da qual não gostavam particularmente e de explicar os motivos de sua aversão.

A professora não sabia que, de todos os temas que os alunos tratariam, ela teria lido um com um sabor muito amargo. O pensamento de um aluno tocava em um tópico tão importante que a professora decidiu compartilhá-lo online como um alimento para que os adultos pudessem refletir.

via insider.foxnews.com

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"Odeio o telefone da minha mãe"

"Odeio o telefone da minha mãe"

Um aluno em particular dirigiu seu ódio ao smartphone de seus pais. "Eu não gosto de telefones celulares porque meus pais o usam o tempo todo", ele escreveu claramente na sua tarefa, na qual a criança definia o uso de telefones celulares como "um hábito realmente errado".

O texto continuou com o mesmo conceito e terminou com uma conclusão bastante deprimente: "Eu odeio o celular da minha mãe e gostaria que ela nunca tivesse comprado um", tudo acompanhado por um desenho que reproduzia um smartphone com um X e um rosto triste.

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Ritzo ten Cate/Flickr

Ritzo ten Cate/Flickr

De acordo com o testemunho da professora, o caso da criança não foi isolado. De fato, além dela, outros 4 alunos (de um total de 21) indicaram os celulares como o dispositivo mais odiado, fazendo referências - ainda que menos agressivas - ao fato de que os pais o usavam demais.

Desde o surgimento do problema do vício em smartphones, sempre nos concentramos no mal que poderia causar em adolescentes e crianças, subestimando os adultos. De fato, mesmo os últimos estão caindo gradualmente na armadilha das mídias sociais e notificações, e isso empobrece a interação que eles têm com seus filhos.

O episódio compartilhado pela professora deve servir de lição e como encorajamento: devemos colocar mais vezes o telefone no modo "offline" ou mesmo no silencioso; prestar mais atenção aos nossos filhos, ouví-los e tentar estar mais presentes. As crianças precisam de nós, da nossa atenção e do nosso carinho. 

pxhere

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