A relação tóxica com um familiar pode acabar com a vida de alguém

Sabemos que não podemos escolher os parentes, mas devemos aprender a conviver com eles - ou pelo menos devemos tentar fazê-lo. Na verdade, muitas vezes acontece que relacionamentos tóxicos se desenvolvem dentro da família, coisa da qual não é fácil se livrar simplesmente, como faríamos com um conhecido, e especialmente até que não sejamos adultos.

No entanto, é importante aprender a distinguir, até mesmo no ambiente familiar, quais são as relações tóxicas, e procurar - mais do que as causas - as possíveis soluções.

via psicoadvisor.com

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Em uma família, relacionamentos tóxicos se desenvolvem quando as dinâmicas cognitivas, afetivas e sociais são distorcidas, e acontecem a multiplicação de conflitos, comportamentos desonestos e abusos. No entanto, os membros da família tendem a perceber essas atitudes como normais; por isso, é importante reconhecê-los, partindo de alguns exemplos. Uma família é tóxica quando:

• Não há regras ou privacidade;
• a família regula todas as atividades e hábitos da vida de seus membros;
• as crianças devem compensar as necessidades emocionais de seus pais;
• os pais exigem a homogeneidade de pensamento entre os membros da família e tendem a se expressar com frases como "Achamos que sim", "Sempre concordamos";
• a mãe desenvolve uma atitude mórbida que, se não for satisfeita, a deixa muito irritada ou com crises de choro;
• os pais estabelecem um relacionamento ambivalente com seus filhos, que oscila entre demonstrações de amor e indiferença;
• os pais estabelecem o futuro das crianças de forma autoritária;
• os pais deixam as crianças "educarem-se", fracassando no papel de educadores e guias.

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Esses tipos de comportamentos geralmente decorrem do fato de que o perpetrador, por sua vez, foi vítima de alguma forma de abuso. As relações tóxicas obviamente se manifestam em vários níveis de gravidade, mas em todos os casos causam problemas sociais e emocionais àqueles que as sofrem. Portanto, é necessário se livrar dele - mas como?

Em primeiro lugar, mostrar autoconfiança em expressar o próprio ponto de vista em várias ocasiões: desse modo, nos estabelecemos como um indivíduo à parte da família, reafirmando a nossa distância das dinâmicas internas da família.

Se essa distância intelectual não for suficiente, é necessário torná-la física ou sair de casa quando a idade da maioridade permitir. Muitas vezes, é o único caminho a percorrer, quando o problema são os pais, que dificilmente podem mudar seu caráter.

Fechar pontes com um membro da família pode parecer uma escolha drástica e dolorosa, mas quando não há outras estradas, é realmente um caminho saudável. Em qualquer caso, consultar um especialista sempre pode ser útil para esclarecer as idéias sobre essa decisão complicada.