Trabalhar 4 dias por semana seria uma vantagem para a saúde, para a produtividade e para o meio ambiente

por Roberta Freitas

04 Fevereiro 2019

Trabalhar 4 dias por semana seria uma vantagem para a saúde, para a produtividade e para o meio ambiente
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Aqueles que vivem na era moderna consideram a semana de trabalho clássica - de segunda a sexta-feira e das 9:00 às 18:00 - a normalidade absoluta. No entanto, muitas pessoas ignoram o fato de que esse estilo de vida foi uma conquista obtida após longas e difíceis lutas, quando os turnos nas fábricas eram exaustivos e as proteções inadequadas.

Para aqueles que viveram no início do século passado, a ideia de trabalhar "apenas" 5 dias por semana durante 8 horas por dia parecia praticamente uma loucura. A história parece se repetir hoje, quando se discute a possibilidade de trabalhar apenas 4 dias por semana.

via breathehr.com

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A era digital levou hoje a ritmos de trabalho muito frenéticos, tanto que, em muitos casos, as pessoas saltam o almoço ou acabam fazendo hora-extra. No entanto, paradoxalmente, essa tendência, em vez de aumentar a produtividade, se traduz em uma queda no rendimento. De fato, o estresse e a fadiga não apenas geram menos eficiência, mas levam os funcionários a aumentar os dias de doença ao longo do ano.

Nos países onde a semana de trabalho de 4 dias foi testada, há menos ausências e indivíduos que, com mais tempo disponível, são capazes de se dedicar mais ao autocuidado e à atividade física.

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Menos dias de trabalho não significam apenas mais bem-estar para as pessoas, mas também benefícios para o meio ambiente. Passar de 7 a 4 dias significa essencialmente ganhar 3 dias, quando os funcionários não são forçados a usar o carro para ir e voltar ao trabalho. Isso significa poluir menos e reduzir os gastos com combustível. Durante a mesma unidade de tempo, os escritórios permanecem fechados, consumindo muito menos energia.

Tantas vantagens, para o bem-estar das pessoas e para a saúde do planeta. Basta pensar que reduzir a quantidade de horas de trabalho de um indivíduo em apenas 10% reduz em 15% a sua impressão de carbono. Esse último é praticamente a medida da quantidade de emissões de CO2 e gases de efeito estufa liberados na atmosfera durante as atividades humanas.

Finalmente, há a questão da produtividade, que seria melhorada graças a uma maior concentração e lucidez dos trabalhadores menos cansados. Pelo menos por enquanto, a semana de trabalho de quatro horas é apenas uma hipótese, mas olhar para passado para comparar com o presente pode servir de incentivo e nos fazer pensar que tudo é possível.

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