Menino de 5 anos visita o túmulo de seu irmão gêmeo que não sobreviveu e conta como foi seu primeiro dia de aula

por Roberta Freitas

11 Agosto 2022

Menino de 5 anos visita o túmulo de seu irmão gêmeo que não sobreviveu e conta como foi seu primeiro dia de aula
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O vínculo que une os gêmeos é algo extraordinariamente forte, que parece superar qualquer outro vínculo familiar. A relação de amor entre eles é tão grande que, às vezes, até supera aquela entre mãe e filho: gêmeos são aqueles que completam as frases um do outro e que parecem até mesmo perceber as emoções um do outro. Pode ser por isso que, quando estão separados por qualquer motivo, parece que os gêmeos sentem muito mais saudades um do outro. Walker Myrick nunca conheceu o gêmeo que por 9 meses cresceu no ventre de sua mãe com ele, mas isso não significa que ele não sinta falta dele. O pequeno Walker mantém viva a memória de seu irmãozinho, aliviando assim o sofrimento de sua mãe por sua perda.

via Lessons learned in Life

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Nem todas as gestações são bem-sucedidas, infelizmente, e Brooke Davis experimentou isso na própria pele. A mulher estava grávida de gêmeos, Walker e Willis Myrick, mas infelizmente o último não resistiu. Antes mesmo de nascer, Willis foi vítima da Síndrome da Transfusão Feto-Fetal, uma condição clínica em que dois ou mais gêmeos compartilham a mesma placenta e em que há uma distribuição desigual da quantidade de sangue da placenta para os gêmeos. Infelizmente, em casos como esses, a taxa de mortalidade é bastante alta, e é por isso que Willis não conseguiu sobreviver. Apesar dessa tragédia, a criança que sobreviveu ao parto, Walker, se sente muito apegada ao gêmeo e muitas vezes o homenageia, trazendo sua memória de volta à vida.

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"É uma daquelas coisas... eu realmente acredito que ele sempre terá um vínculo com o irmão", disse a mãe, Brooke, claramente muito abalada com a perda de um de seus dois filhos. O vínculo que Walker sente com Willis, porém, e a forma como ele demonstra isso facilitou um pouco as coisas para Brooke, que se orgulha de que seu filho continue se lembrando de seu irmão. O menino muitas vezes sonha com seu irmão gêmeo e visita o seu túmulo, acompanhado por seus pais, onde ele tenta conversar com o irmão contando sobre seus dias. A mãe já tirou várias fotos para imortalizar uma cena tão comovente.

Em 2012 Walker tinha apenas 5 anos e tinha acabado de entrar no jardim de infância; durante uma de suas visitas ao túmulo de seu irmãozinho, ele começou a contar sobre seu primeiro dia de escola. Uma cena comovente, para dizer o mínimo.

Mesmo com o passar dos anos, o vínculo que Walker sente com seu irmão Willis parece não mudar: "ainda me lembro do meu irmão hoje, ele me protege todos os dias lá de cima" disse o pequeno Walker em 2016, com a idade de 9 anos. A demonstração de afeto de Walker ajudou Brooke, sua mãe, de alguma forma, a superar a tremenda dor que a perda de seu filho havia causado a ela. Ninguém da família quer esquecer Willis, tanto que todos os anos, no aniversário dos gêmeos, é organizada uma caminhada até o túmulo, com a venda de camisetas. Os lucros são então doados para uma fundação que promove a conscientização sobre a síndrome da transfusão feto-fetal.

Estamos confiantes de que a memória de Willis será preservada para sempre por sua família.

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