Cuidar de um familiar que não é autossuficiente: um ato de amor que nem sempre é reconhecido

por Roberta Freitas

14 Janeiro 2019

Cuidar de um familiar que não é autossuficiente: um ato de amor que nem sempre é reconhecido
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Quem é o cuidador? São aqueles que ajudam, em sua vida cotidiana, um ente querido que não é autossuficiente. É um trabalho árduo, pois não é realizado apenas de forma livre, mas também por aspectos afetivos e de senso de dever. O trabalho do cuidador pode consistir em assistência direta ou indireta, bem como vigilância. Muitas vezes ele tem que lavar e mudar o paciente, preparar comida e até comprar remédios, fazer as compras e todas as demais coisa burocráticas. 

Não é nada simples que uma pessoa comum, muitas vezes uma dona de casa, cuide de seu ente querido que não é autossuficiente em tempo integral, esse compromisso possa produzir consequências negativas tanto a nível físico quanto no psicológico.

Por isso, é importante ter o apoio não só das instituições, mas também de toda a família.

via lamenteesmaravillosa.com

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A nível europeu, a COFACE (Confederation of Family Organisations in the European Union) elaborou a Carta Europeia da Assistente de Família. Afinal, a população está envelhecendo cada vez mais, a expectativa de vida aumentou e, portanto, esses números estão se tornando cada vez mais importantes e essas figuras devem ser protegidas. Certamente, esse é principalmente um ato de amor que o membro da família faz com seu próprio ente querido, mas que deve ser apoiado a nível institucional e social.

Mesmo que, felizmente, ao lado dos cuidadores (que são em sua maioria mulheres de meia-idade) estejam alguns centros residenciais, bem como os conselhos de especialistas sobre como proceder com a assistência adequada de seus parentes não autossuficientes, infelizmente, esse trabalho desgasta muito a nível físico e também psicológico: não é difícil encontrar cuidadores que se sintam frustrados, sozinhos, cansados, com dores de cabeça frequentes e gastrite.

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Os cuidadores devem, ocasionalmente, fazer pequenas pausas, mas muitas vezes são tão apegados emocionalmente ao seu "paciente", que desistem desses momentos. Então, eles caem na chamada "síndrome do cuidador". O que sempre deve ser feito é evitar o isolamento social, que se traduz em delegar algumas responsabilidades também a outros membros da família, bem como tornar a pessoa que você está ajudando mais autônoma, por exemplo, na higiene pessoal e alimentação. Isso, então, aumentará a autoestima da pessoa dependente. Também é importante para um cuidador não deixar de lado seus hobbies e permitir-se, de tempos em tempos, uma caminhada saudável, mesmo que seja de alguns minutos, para fazer uma pequena pausa.

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