Amarra o focinho do cachorro com uma fita: o juiz dá a ele uma pena exemplar

por Roberta Freitas

13 Julho 2019

Amarra o focinho do cachorro com uma fita: o juiz dá a ele uma pena exemplar
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A violência e crueldade não poupam ninguém: não importa quem seja a vítima, suas qualidades e seu passado raramente serão capazes de impedir um abuso inóbil.

Isso é particularmente evidente quando se trata de violência animal, como no caso de Caitlyn, um cão horrivelmente abusado e com cicatrizes, apenas por ter latido demais.

Felizmente, Caitlyn está em segurança e seu torturador foi levado à justiça e agora terá que pagar por seu crime.

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Charleston Animal Society

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Caitlyn é uma cachorrinha marrom, uma cruza de Staffordshire bull terrier e que, apesar de sua beleza e simpatia, em apenas 15 meses foi abusada de uma forma horrível: na verdade em maio de 2015 foi encontrada na Carolina do Sul com o focinho amarrado com uma fita adesiva tão apertada que rasgou sua pele, interrompeu a circulação e bloqueou sua língua entre os dentes de forma irreparável.

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A pequena cadela foi levada para ser cuidada pela Charleston Animal Society, que cobriram todas as despesas veterinárias: foram necessárias várias operações cirúrgicas para salvar sua vida e seu focinho.

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O responsável foi identificado graças a um depoimento, que colocou os detetives nos vestígios de William Leonard Dodson, 43 anos: preso, o homem foi acusado, entre outras coisas, de porte de drogas e armas de fogo, além de abuso de animais. Além disso, Dodson já era conhecido pela justiça, por cerca de trinta crimes anteriores. Quando questionado, Dodson declarou que agira porque o cachorro latia demais e não conseguia fazê-lo parar.

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O tribunal distrital dos EUA condenou-o a 5 anos de prisão, a pena máxima por crueldade contra animais na Carolina do Sul. Embora  não se some aos 15 anos de prisão que recebeu pelas outras duas acusações, o juiz Markley Dennis queria enviar uma mensagem forte sobre a intolerância com o abuso de animais: "Eu não estou tentando ser ruim, mas eu gostaria de poder dar mais". 

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Aldwin Romano, porta-voz da Chrleston Animal Society, disse ao tribunal que nunca esqueceria o sofrimento sofrido por Caitlyn, mesmo durante o tratamento: "Lembro-me de ver o medo em seus olhos. Foram 36 horas de tormento".

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A propósito da decisão do tribunal a corte acrescentou: "Eu acho que isso envia a mensagem de que tais coisas não serão mais admitidas. A nível jurídico faremos todo o possível para parar esses atos, e então iremos além e mudaremos nossas leis para torná-las mais fortes". 

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Os animais "são vítimas que não podem falar com a polícia sobre o que sofreram. Mas não são apenas animais. Quando você persegue crimes de crueldade com animais, descobre outros crimes. Sabemos que as pessoas que abusam de animais provavelmente farão mal também para as pessoas".

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A organização mostrou a história da Caitlyn no facebook, recolhendo assim muitas adesões e fundos para apoiar os cuidados com os animais vítimas de abusos.

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Após a reabilitação, Caitlyn encontrou uma família que a adotou, com crianças e conhecimentos veterinários - Caitlyn precisará de cuidados vitalícios, que serão cobertos pela Charleston Animal Society. Sobre ela, Romano diz: "Ela está vivendo a vida, e espero que um dia esqueça o que viveu."

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Nós também desejamos que a doce Caitlyn esqueça a violência do passado também graças ao carinho de sua nova família e seus muitos amigos e fãs; e esperamos que semelhantes maus-tratos continuem a serem perseguidos pela lei, até que acabem.

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