Dormir com pessoas que roncam pode ser prejudicial para a saúde: é o que revela um estudo científico

por Roberta Freitas

30 Setembro 2019

Dormir com pessoas que roncam pode ser prejudicial para a saúde: é o que revela um estudo científico
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Muitos têm parentes, parceiros ou amigos que, no momento de seu merecido descanso, começam a roncar e a fazer barulhos que tornam o sono das pessoas ao seu redor um verdadeiro pesadelo.

Esse é um problema generalizado que caracteriza o sono de um grande número de pessoas. Além dos distúrbios que o ronco pode trazer para quem ronca, no entanto, é bom pensar também naqueles que se encontram dormindo com essas pessoas todas as noites, talvez na mesma cama, no mesmo quarto ou na mesma casa.

Estar continuamente sujeito ao barulho de outras pessoas que ronca, de fato, pode ser - a longo prazo - bastante prejudicial à saúde. A pesquisa científica sobre a qual estamos prestes a falar explicou o porquê.

via independent.co.uk

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Sleep Disorder Center/Facebook

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Sim, os cientistas se concentraram nos problemas que podem surgir em pessoas que dormem perto daqueles que roncam, para descobrir todos os riscos associados à falta de sono ou, pelo menos, a um sono mal dormido, perturbado por muito barulho.

A falta de sono leva a problemas de saúde que costumamos subestimar. Estar em contato com ruídos constantes, pode fazer com que você perca horas preciosas de descanso, vitais para o corpo "recarregar" após um dia de atividade. Ao mesmo tempo, um sono pacífico e acima de tudo constante promove a regulação do metabolismo e a consolidação da memória.

Tudo isso, para quem dorme ao lado de uma pessoa que ronca, pode não ser tão óbvio. As fases do sono, para essas pessoas, são inconstantes, e isso afeta seu bem-estar geral. Um estudo realizado pela Queen's University, em Ontário, Canadá, procurou avaliar os efeitos do ruído do ronco, tanto naqueles que o emitem quanto naqueles ao seu lado.

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Dormir com pessoas que roncam pode ser prejudicial para a saúde: é o que revela um estudo científico - 2

Ao selecionar quatro casais entre as idades de 35 e 55 anos em que um deles sofria desse problema, os pesquisadores concluíram que os efeitos do ronco não eram tão evidentes naqueles que roncavam quanto naqueles ao seu redor. Todos os parceiros dos "roncadores", de fato, sofreram consequências psicofísicas devido à sua constante exposição ao ruído.

Além disso, muitas vezes insistimos na importância do silêncio e em recriar um ambiente calmo e pacífico, longe dos barulhos aos quais estamos sujeitos todos os dias. De acordo com descobertas do Imperial College of Science em Londres, quem mora perto de aeroportos ou locais barulhentos está mais exposto a riscos de problemas auditivos, estresse, ansiedade, pressão alta e irritabilidade.

Lars Plougmann/Flickr

Lars Plougmann/Flickr

Quanto maior o volume do ruído, mais o corpo apresenta riscos de problemas semelhantes, independentemente do fato de as pessoas submetidas à análise pelos pesquisadores de Londres terem acordado ou não. Esses riscos, de acordo com o que os cientistas concluíram, podem ser igualmente válidos para qualquer som que exceda 35 decibéis, como no caso do ronco.

Em resumo, os resultados dessas pesquisas devem levar muitas pessoas a refletir sobre a necessidade de resolver seus problemas de respiração noturna, obviamente também através de conselhos e terapias médicas. Sua saúde e bem-estar, assim como a da quem o rodeia, se beneficiarão enormemente.

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