Pai se matricula na faculdade para apoiar o filho autista: os dois acabam se formando

por Roberta Freitas

06 Abril 2023

Pai se matricula na faculdade para apoiar o filho autista: os dois acabam se formando
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A função dos pais é educar e apoiar os seus filhos durante a maior parte das suas vidas, por isso é importante não só dar-lhes regras e exemplos a segui, mas também conseguir fazê-los compreender que estamos do seu lado, que apoiamos suas escolhas, que estamos lá para ajudá-los em sua jornada para que vivam com a maior serenidade possível. E alguns filhos precisam de uma atenção mais especial, como o protagonista desta história.

Seu pai demonstrou uma sensibilidade incrível ao fazer um gesto verdadeiramente único e maravilhoso.

via Culturacolectiva

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Luis Felipe Soares/ Facebook

Luis Felipe Soares/ Facebook

Luís Felipe Soares, 47 anos, é pai de Lucas Weberling, um jovem diagnosticado com Síndrome de Asperger: uma forma de autismo. Infelizmente, a condição de Lucas deu ao menino várias experiências negativas: ele havia sofrido bullying em várias ocasiões enquanto frequentava escolas primárias e secundárias.

Mas Lucas nutria um forte desejo: queria ser igual à mãe, advogada criminal. Assim manifestou o desejo de ir para a universidade para estudar e obter a primeira qualificação necessária para o exercício dessa profissão.

Luís estava obviamente orgulhoso e entusiasmado com a escolha do filho, mas também muito preocupado com o que poderia ter sido a integração do menino no ambiente universitário. Então ele teve uma ideia estranha, quase "louca", mas que poderia funcionar, poderia fazer diferença para o Lucas.

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Lucas Weberling/ Instagram

Luís, técnico industrial, se matriculou na faculdade de direito com o filho! Seu plano era simples: acompanharia Lucas até a sala de aula e lhe faria companhia, apenas por algumas horas, para que ele se acomodasse naquele novo mundo potencialmente cheio de armadilhas.

“Estava muito nervoso e ansioso por causa daquela nova situação, não só pelo estado do Lucas, mas também por voltar a estudar: estávamos muito longe de casa, não conhecíamos as pessoas nem o bairro. Na verdade, foi o próprio Lucas quem me acalmou com sua serenidade. Meu plano era ficar na aula até o quarto período, tempo necessário para ele se socializar, mas ele não me deixou ir" - disse o pai.

No final, depois de muito estudo e esforço constante, pai e filho se formaram! Agora só falta fazer o exame da Ordem de Advogados! As inseguranças e medos relacionados à sua diversidade certamente não são mais um obstáculo para o menino que está mais determinado do que nunca a fazer a diferença no mundo com a ajuda de regras legais.

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