Não precisa comparar uma criança com a outra: cada uma delas é única

por Roberta Freitas

18 Maio 2019

Não precisa comparar uma criança com a outra: cada uma delas é única
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No trabalho, nas relações sociais e nos relacionamentos, as pessoas competem continuamente para obter uma posição, um status, sempre se confrontando com os outros. Embora tentemos ampliar o talento particular ou a contribuição especial que cada um tem e pode dar, continuamos a seguir sempre os mesmos padrões. Isso pode ser "tolerável" para os adultos, mas inaceitável quando se trata da educação dos mais jovens.

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Dentro do ambiente familiar, é errado, para não dizer deletério, comparar uma criança a outra, o que é feito pontualmente pelos próprios pais com seus filhos mais velhos e mais jovens, ou com os dos outros. Não há idade exata ou precisa para começar a andar e falar, não devemos usar continuamente as atitudes e qualidades de um sujeito como um critério para todos.

Ouvir, por exemplo, da mãe ou do pai que o irmão ou irmã é melhor ou pior em alguma coisa, não faz nada além de alimentar o ódio e a inveja entre as crianças. É uma corrida que ninguém pode vencer porque acontece em dois caminhos diferentes, e que nem leva ao mesmo objetivo. A vida que aguarda os pequenos do lado de fora já é difícil, então por que desperdiçar energia?

O próprio sistema escolar muitas vezes leva muitas crianças a se sentirem inadequadas, reduzidas a simples números com os quais esperam reduzir e resumir tudo o que são e têm a oferecer. Por um lado, alguém pode dizer que esses sistemas ainda são necessários para estabelecer parâmetros universalmente compartilhados, mas infelizmente dessa forma nos arriscamos a perder uma verdadeira herança humana ao longo do caminho.

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Qual pode ser a solução? Qual é o meio de educar as crianças de maneira equilibrada? Certamente, não a comparação, isto é, não colocar na testa de cada indivíduo um rótulo também visível para os outros. Devemos nos limitar a vê-los interagir, deixando simplesmente que a natureza siga seu caminho. Todas as habilidades da criança irão florescer no momento certo.

Portanto, é muito melhor educar os jovens e as crianças a cooperarem e não para competirem, porque, na ausência da "ansiedade de desempenho" antinatural, cada sujeito pode desenvolver-se livremente. Sem a pressão do julgamento e do confronto, as crianças deixam de prestar atenção ao que não conta e se concentram em si mesmas, aprendendo umas com as outras.

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