"Não me deixaram embarcar porque eu era pesada demais": ganha disputa com companhia aérea

por Roberta Freitas

09 Fevereiro 2023

"Não me deixaram embarcar porque eu era pesada demais": ganha disputa com companhia aérea
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Hoje em dia, muitas pessoas se deixam influenciar pelos padrões de beleza inatingíveis estabelecidos pelas redes sociais: graças a filtros, maquiagens e jogos de luz, todos parecem "perfeitos" e em forma, mas a realidade é bem diferente. Essa percepção distorcida, no entanto, também influenciou alguns tipos de pessoas, levando-as a tratar de maneira diferente aquelas que não refletem esses padrões.

Um exemplo marcante desse comportamento foi aquele dado pela equipe de uma companhia aérea, que foi condenada a indenizar uma modelo plus size depois que ela explicou que a equipe a fez se sentir "um monstro".

via DailyMail

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A protagonista dessa desventura é a modelo brasileira Juliana Nehme, 38 anos. A mulher disse que os funcionários da companhia aérea em que deveria viajar a impediram de embarcar em um voo de Beirute para Doha porque ela era "culpada" de estar acima do peso: "em vez de me oferecer um reembolso de 940 euros da passagem, pediram 3.000 euros adicionais para um assento de primeira classe, para ter um assento maior. Era como se eu não fosse um ser humano para eles. Eu era um monstro que não conseguia embarcar", disse.

Juliana estava viajando com a mãe e as duas mulheres perderam o voo. Isso deixou a mulher de 38 anos ainda mais triste e ela também começou a se sentir culpada: “eu até pedi perdão várias vezes à minha mãe. Eu disse: 'mãe, me perdoe, porque meu tamanho impediu você de ir para casa'. Ela disse que não era minha culpa", acrescentou. De volta para casa, Juliana entrou com um processo contra a companhia aérea, que foi condenada a pagar a ela sessões de psicoterapia para superar a humilhação que sofreu.

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A empresa irá pagar a ela uma consulta semanal no valor de 70 euros durante um período mínimo de um ano, num total de 3.500 euros de compensação. A juíza Renata Martins de Carvalho afirmou que “a concessão de atendimento psicológico de urgência é medida razoável e proporcionada para garantir a superação do evento estressante e traumático”.

A companhia aérea disse que ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre a sentença: "no entanto, se necessário, qualquer esclarecimento será prontamente prestado às autoridades competentes. Aproveitamos para assegurar aos nossos clientes que a empresa trata todos os passageiros com respeito e dignidade, e de acordo com as práticas e regulamentações do setor aéreo”, comentou um porta-voz.

Como você teria reagido no lugar de Juliana?

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