O amor verdadeiro não tem o sabor da dependência, mas da liberdade

por Roberta Freitas

30 Janeiro 2019

O amor verdadeiro não tem o sabor da dependência, mas da liberdade
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Todo mundo já disse frases como "sem você eu não vivo", "você é minha metade". É uma manifestação natural do que sentimos pelo parceiro, mas devemos prestar atenção para que, de uma simples expressão de paixão, essas frases não se transformem em uma armadilha emocional.

Amor quando é verdadeiro e puro significa liberdade. Liberdade para ser você mesmo e mudar. E se o amor também envolve sacrifícios pelo bem do outro, isso não deve resultar em dependência.

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maxpixel.net

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Para algumas pessoas, frases como estas implicam dependência do outro, uma incapacidade de avançar na vida confiando apenas em si mesmo. Uma atitude que esconde insegurança e baixa autoestima. E aqui, então, a necessidade pode ser facilmente confundida com amor.

Nesses casos, torna-se ainda mais importante a relação intrínseca entre amor e liberdade, que em um relacionamento de casal saudável nunca deve faltar, além do sentimento profundo que nos liga à outra pessoa. Para viver um relacionamento satisfatório, é essencial ser auto-suficiente como indivíduos.

Liberdade no amor significa encontrar o equilíbrio entre as necessidades do casal e as necessidades individuais, sem sacrificar aa segundaa e sem se preocupar exclusivamente consigo mesmo, o que resultaria em um achatamento da personalidade do parceiro.

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Hernán Piñera/Flickr

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Compartilhar, doando-se espontaneamente, respeitando-se mutuamente, são características que fazem uma relação sentimental completa, madura e forte, que deixa aos dois indivíduos a chance de evoluir e melhorar como pessoas.

Tal relacionamento não exclui o conceito de "necessidade". É lógico sentir que você precisa de um parceiro, mas isso não deve se transformar em uma razão para viver. A necessidade não deve refletir uma condição de dependência, mas uma livre escolha.

Liberdade no amor significa deixar ao outro a possibilidade de mudar e aceitar sua evolução, sem considerá-lo uma ameaça ao relacionamento, porque apenas "as pessoas imaturas que se apaixonam destroem a liberdade umas das outras, criam um vínculo, uma prisão" (Osho).

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