A preocupação é tóxica para o cérebro: veja como mantê-la sob controle e evitar a ansiedade

por Roberta Freitas

03 Setembro 2019

A preocupação é tóxica para o cérebro: veja como mantê-la sob controle e evitar a ansiedade
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Fisiologicamente, nos seres humanos, o componente emocional é mais antigo e mais poderoso que o racional; portanto, é inútil tentar combater um mecanismo que é inerente à condição humana. O problema é que muitas vezes o pensamento, consciente ou inconsciente, distorce esse equilíbrio, alterando a química do cérebro e causando um estado constante de preocupação e alarme. Como essa condição é absolutamente tóxica, precisamos aprender a se preocupar de uma maneira "saudável".

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Giorgio Montersino/Flickr

Giorgio Montersino/Flickr

Estar em um estado perpétuo de tensão, tristeza e depressão acaba esgotando todos os recursos psicofísicos, fazendo a realidade parecer muito mais pesada e mais difícil do que realmente é. A pessoa entra no círculo vicioso da ansiedade, de modo que a causa real da ansiedade quase não importa mais, mas todas as superestruturas irreais que foram construídas e as percepções distorcidas assumem o controle.

Se você sofre de insônia, acaba se preocupando muito com a qualidade do repouso, e essa ansiedade só agrava o fato de você não conseguir dormir. Quando os níveis de estresse se tornam muito altos, também ocorre uma degradação cognitiva, com efeitos negativos na concentração, na memória, no entendimento e na capacidade de tomar decisões.

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Jon Rawlinson/Flickr

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De acordo com um  estudo realizado pela Universidade de Cambridge, a chave não é parar de se preocupar com tudo, mas aprender a fazê-lo da maneira correta, natural e funcional. Uma boa abordagem pode ser, por exemplo, analisar os próprios pensamentos, desmontá-los peça por peça, percebendo que eles geralmente são irracionais e não estão ligados a motivações reais.

Nunca devemos registrar a realidade em um nível emocional, tomando decisões só em base aos nossos sentimentos. As emoções devem ser um recurso para se manter em contato consigo mesmo, mas as escolhas devem ser feitas de maneira lógica e após reflexão.

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Outra estratégia é desabafar, expressar-se, libertar emoções e tentar entendê-las. Geralmente, a reação emocional é apenas a ponta do iceberg, o alarme de algo que se esconde no fundo e que causa desconforto mesmo por muito tempo.

Preocupar-se de uma maneira saudável significa, em essência, fazer com que a parte racional e irracional colaborem, explorando emoções como alavancas para agir de maneira proativa e construtiva.

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